A ranicultura no Brasil, teve início na década de 30 com a introdução em 1935 da rã-touro (bullfrog), Lithobates catesbeianus, por Tom Cyrill Harrison técnico canadense em ranicultura. É citado como primeiro registro histórico à implantação do Ranário Aurora, no Estado do Rio de Janeiro (FERREIRA et al., 2002).
Segundo FONTANELLO (1994), a partir de 1940, a Divisão de Caça e Pesca do antigo Departamento da Produção Animal, iniciou o fomento e a extensão na área da Ranicultura, através da distribuição gratuita de girinos reprodutores aos interessados. Atualmente, pode-se dizer que a rã-touro é a única espécie utilizada pelos ranários comerciais brasileiros, as condições climáticas tropicais do Brasil possivelmente favoreceram o desenvolvimento e reprodução desses animais, que apresentaram um desempenho metabólico melhorado de acordo com o aumento da temperatura ambiente (FONTANELLO et al., 1988)
O Ranário compreende um conjunto de instalações, associadas a técnicas de manejo especialmente desenvolvidas para cada um dos setores da criação: Reprodução; Desenvolvimento Embrionário; Girinagem e Metamorfose; Pré- engorda; Engorda.
Durante todo o desenvolvimento os animais são alimentados com ração balanceada e selecionados em cada fase de desenvolvimento.
Após, em média, 7 meses de desenvolvimento, o peso esperado para realizar o abate, seja qual for o sistema utilizado, será de aproximadamente 250 a 300 g. Esse peso de abate foi determinado para as condições brasileiras, conforme a conversão alimentar atingida pelo animal e pela procura (demanda) feita pelo mercado consumidor.