O consumo da carne de rã é um hábito praticado na China há mais de quatro mil anos. Era reconhecida pelos gregos – responsáveis pela difusão deste costume pela Europa – pelas suas propriedades em prol da saúde. Na França, ainda hoje existe uma receita tradicional denominada rã provençal, feita com as pernas da rã e ervas de Provence. Os países asiáticos também apreciam muito a carne do anfíbio. No Brasil, já é possível encontrar pratos com carne de rã em restaurantes internacionais ou como aperitivo em bares e botecos da região Sudeste, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro.
O público consumidor da carne de rã é formado principalmente por apreciadores da cozinha francesa, pessoas que viajam e clientes em dieta médica. Com alto índice de aminoácidos e proteínas, baixo teor de gorduras e sódio, grande quantidade de vitaminas e minerais como cálcio, ferro e potássio; essa carne de fácil digestão é altamente recomendada para crianças e idosos, além de pessoas com problemas de desnutrição, colesterol alto e alergias alimentares. É ideal também para quem está em dieta para emagrecimento. “Aos poucos, o preconceito em relação ao consumo de rã vem diminuindo e o consumo aumentando, devido aos benefícios de sua ingestão para a saúde humana.
Cada 100 gramas da carne possuem em torno de 69 calorias e 0,45% de gordura. A proteína contida na carne é de alto valor biológico, superando o padrão da Organização Mundial da Saúde para crianças e adultos. Por isso, é cada vez mais procurada por adeptos da vida saudável, superando a oferta do produto”, afirma André Cribb, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e líder da Rede de Ranicultura.